Projeção de safra é apresentada em reunião no Sindicato Rural de Toledo

O Sindicato Rural de Toledo recebeu nesta terça-feira (22), representantes do IBGE, Seab/Deral, IDR-PR, instituições financeiras, cooperativas e empresas ligadas ao agronegócio para avaliação da safra de inverno 2021/2022 e previsão da safra verão 2022/2023. O presidente do Sindicato, Nelson Gafuri, e o produtor rural e membro da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas, Aluir Dalposso, participaram da reunião.

De acordo com o levantamento, na safra 2021/2022 o milho teve área plantada de 64 mil hectares, com produtividade de 6.500 kg/há, totalizando uma produção de aproximadamente 416 mil toneladas de milho. Na avaliação das entidades, foi uma “boa produtividade, considerando o clima que tivemos e a presença de cigarrinha”.

Já em relação ao trigo, a área plantada foi de 3.000 há, com produtividade de 2.100 kg/há e produção total de 6.300 toneladas de trigo. O trigo teve, segundo a avaliação, baixo padrão devido ao clima.

SAFRA DE VERÃO – Já em relação à safra de verão os números dão esperança de serem bastante positivos, embora a área de milho apresente uma redução de 600 hectares. A área já era considerada e ficou ainda menor em 2022/2023. Mesmo assim a previsão de produtividade é de 10.000 kg/há, com produção de aproximadamente 6.000 toneladas de milho. “A safra de milho está em desenvolvimento vegetativo e boas condições fitossanitárias”, atestaram as entidades reunidas em Toledo.

No que se refere à soja, a área plantada chegou a 70.300 hectares, com previsão de produtividade em torno de 4.000 kg/há, mantidas as boas condições de até agora, o que tem auxiliado no desenvolvimento vegetativodo grão, fazendo com que a produção estimada seja de 281.200 toneladas de soja.

PROJETO – Outro assunto que dominou a reunião foi o projeto apresentado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa do Paraná quanto à possibilidade de taxação de produtos do agronegócio. A reação do setor foi intensa, com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) emitindo uma nota de repúdio quanto ao projeto.

O presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Gafuri, conversou com o deputado estadual Natan e com o deputado federal eleito Dilceu Sperafico. “Nossa solicitação era para que conseguissem reverter essa proposta”, comentou o presidente do SRT, ressaltando ainda que o Núcleo de Sindicatos Rurais do Oeste também foi acionado e que este já conversou com os deputados da região.

No meio da tarde o projeto foi retirado da pauta a pedido do governador Carlos Massa Ratinho Junior e a pressão dos deputados estaduais ligados ao agronegócio.

O o texto do Executivo enviado para a Assembleia Legislativa dizia o seguinte: “Autoriza o Poder Executivo a instituir o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná – FDI/PR, vinculado à Secretaria de Estado da Fazenda, destinado a financiar o planejamento, estudos, execução, acompanhamento e avaliação de obras e serviços de infraestrutura logística em todo o território paranaense”.

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) emitiu uma nota de repúdio sobre o assunto.

“A Faep se posiciona contrária ao Projeto de Lei que acaba taxando os produtores rurais do Paraná. A realidade no campo exige respeito e cautela, não pensando em mais custos e sim procurando estímulos para a produção e apoio aos produtores rurais. Em nenhum momento o setor foi ouvido, gerando ainda mais surpresas. Estudo preliminar aponta que o custo total ficaria entre 1.5 e 2 bilhões de reais. Pedimos que, nesse momento, os produtores rurais procurem os deputados estaduais e reforcem o pedido para que tal projeto de Lei não seja aprovado. Próximos passos, se precisar, informaremos”, diz o comunicado assinado pelo presidente Ágide Meneguette.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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