Projeto Chá Literário reforça a importância da leitura e da literatura às crianças

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Entrar no universo das histórias ativa a imaginação, amplia o repertório e cria condição favorável para a criança lidar com as situações do dia a dia. É pela linguagem que ela se conecta com o mundo e é por meio das histórias que consegue expressar as descobertas e os aprendizados. A equipe da Escola Municipal Antônio Scain incentiva essa prática aos seus alunos, aos familiares e aos demais profissionais ao desenvolver o Chá Literário.

Duas edições aconteceram neste ano. O tema abordado na primeira edição foi Monteiro Lobato. A História de Bruxas foi tratada na segunda edição. Neste momento, a equipe organiza o encerramento do projeto neste ano.

Luciana Alves Pinto é a professora regente do segundo ano ‘A’, matutino do ciclo de alfabetização e desenvolve o Chá Literário com os estudantes. Ela conta que a História de Bruxas foi um assunto escolhido devido ao interesse dos alunos. “Quando os alunos visitavam a Biblioteca da escola, eles buscavam títulos com essa temática. A partir da curiosidade da turma, fomos a Biblioteca e realizamos o empréstimo de várias obras cujo tema era bruxas”.

Outras obras foram selecionadas pela professora semanalmente para os momentos de leitura com a turma. Luciana afirma que também eram obras lindas.

De acordo com a professora, textos curtos sobre o tema foram selecionados por ela. “Cada estudante recebeu um e tinha o compromisso de treinar a leitura. Posteriormente ele fazia uma gravação e encaminhava para mim”, afirma Luciana ao complementar que em alguns momentos colocava os áudios das histórias enviadas para que a turma ouvisse e tentasse descobrir quem era o responsável pela leitura.

BENEFÍCIOS – Ao longo do ano, o Chá Literário tem proporcionado benefícios aos estudantes. Um deles é o envolvimento do aluno pela leitura; a fluência melhorou e o entendimento da história. Outro fator positivo é o envolvimento de cada família. “Com o projeto foi possível criar momentos nas nossas rotinas de estudos. A literatura passou a ser o ‘carro-chefe’”, destaca Luciana ao explicar que a leitura como deleite, prazer e lazer está cada vez mais difícil, até mesmo dentro da escola.

A professora também enfatiza as parcerias firmadas com outros professores, como a Elissiane, que está presente desde a primeira edição. “No segundo momento, mais professores estiveram envolvidos”.

AVANÇOS – Os resultados estão sendo satisfatórios com o projeto. “Nós percebemos que no momento em que cada estudante realizava a leitura de seu texto demonstrava desenvoltura e encantamento pela história. Os alunos perceberam que na medida em que liam, avançar na leitura, em determinado momento, depende de cada um. Depende de treino e esse treino transformou- se em um hábito em nossa Escola”.

A última edição do Chá Literário está em organização. Luciana adianta que as famílias das crianças serão mais envolvidas. A data ainda não está definida, porém a professora acredita que será mais próximo do final do ano.

“Eu sou uma pessoa que ama ler! Eu acredito muito na literatura como porta para novas oportunidades! Enquanto professora me sinto na obrigação de oportunizar aos meus estudantes o contato com a literatura, com boas obras e bons autores para que possam usufruir deste mundo mágico. Acredito que quanto mais próximos da leitura nossos estudantes estiverem, melhor se desenvolverão em todas as áreas”, pondera a professora.

VOCABULÁRIO – Para a psicopedagoga e mestre em Letras/Literatura Elissiane Aparecida Zen do Amaral, a leitura – seja ouvida ou lida pelos sujeitos – aos poucos explica o mundo e suas inúmeras esferas, por meio da compreensão. “Muito antes disso, as crianças podem ser expostas, desde a mais tenra idade aos textos. Eles podem ser lidos por pessoas mais experientes e, em geral, os pais, rede de apoio e professores colaboram e muito com essa formação leitora”. Ela consiste no desenvolvimento da habilidade de ler o mundo em suas mais diversas formas, e não apenas como um texto escrito.

Elissiane complementa que a criança estar exposta à leitura é algo significativo, pois oportuniza a ampliação do vocabulário e a compreensão. “Logo, a organização do pensamento. Por meio da literatura e dos gêneros discursivos que a compõe e também, claro, com o passar do tempo, afina-se o gosto pela leitura e por alguns textos”.

Conforme a psicopedagoga, isso em hipótese alguma tira o mérito de quem primeiro incentivou a criança. “Continuar neste percurso é um caminho amplo, contínuo e necessário”.

PROTAGONISTA – A professora enfatiza que a literatura “humaniza” e ao ler obras voltadas para gentes grandes e pequenas, aprende-se sobre a vida! “A mudança de hábito, para que o sujeito torne-se leitor, inicia claro, pela disciplina. É preciso ler um pouco a cada dia”.

Elissiane destaca a importância do professor como protagonista e coparticipe deste processo, além das famílias. “Naturalmente, os estudantes procuram por autores ou obras, cujas leituras foram feitas pelo professor em sala de aula, assim como é habitual, que eles passem a explorar mais as informações contidas nos textos”.

São informações que os alunos trabalham durante tarefas escolas, pesquisas e momentos de leitura deleite. “Tudo isso é educável e um processo. A cabeça pensa onde os pés pisam! Então para que tenhamos leitores fluentes e conhecedores, precisa-se estimular, tais compreensões”.

Da Redação

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