Projetos atuam em soluções energéticas na região Oeste

A comitiva do Ministério do Meio Ambiente, liderada pelo ministro Joaquim Leite esteve nesta quarta-feira (9), no município de Toledo. A equipe realizou visitas técnicas a usinas e plantas de biogás e biometano, bem como de gestão de resíduos. Além de Toledo, a viagem inclui visitas aos municípios de Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Ouro Verde do Oeste e Cascavel.

A finalidade é visitar unidades de geração de energia limpa, que servirão de referência para a implantação do Programa de Redução de Metano do Governo Federal, que deve acontecer na próxima semana. No município, a comitiva conheceu a Central de Bioenergia de Toledo, local em implantação.

O Programa de Redução de Metano do Governo Federal é uma ação dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, e tem como objetivo demonstrar medidas efetivas no âmbito do Acordo Global do Metano, apoiado pelo Brasil na última Conferência do Clima, realizada na Escócia.

A iniciativa incentiva a transformação de resíduos orgânicos, produzidos em âmbito urbano ou rural, em biocombustível, e contará com o auxílio financeiro de bancos públicos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entre os locais do roteiro de visitas também está a EnerDinBo, a primeira central de bioenergia em grande escala do Brasil. A unidade está localizada na área rural do município de Ouro Verde do Oeste e utiliza dejetos de suínos de granjas da região.

A previsão é concluir as obras em dezembro deste ano – Foto: Graciela Souza

PIONEIRA – O gerente de departamento de Integração Regional da Itaipu Bionacional, Haroldo Virgílio, cita que o Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás (CIBiogás) é o parceiro estratégico desta operação no município. Por sua vez, a Itaipu avalia a possibilidade de instalar a energia fotovoltaica. “Nós queremos aproveitar o máximo da unidade para buscar o melhor custo operacional”. O empreendimento está avaliado em cerca de R$ 11 milhões. “Geraremos energia e colaboraremos no tratamento de dejeto”.

O diretor presidente do CIBiogás, Rafael González, menciona que a Central é a primeira nesta escala. “A escavação do biodigestor possui o maior conceito de mundo que cabe no bolso de aplicabilidade”.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirma que é fundamental acompanhar o desenvolvimento de um empreendimento. “É importante ver o empreendimento acontecendo no chão. A realidade de um resíduo se transformando em bioenergia, biogás e biometano. Neste caso, sendo transformado em biogás”.

Leite comenta que é uma usina de energia baseada em resíduo sólido. “Aquilo que era um problema ambiental virá uma solução energética para a região”. Na ocasião, ele parabenizou a Itaipu Binacional e toda a equipe responsável pela realização do projeto.

Ele explica que uma política pública é elaborada no Ministério. “Nós lançaremos um programa de metano no dia 17 de março. Um projeto semelhante ao de Toledo e que contribuirá com o meio ambiente. Estamos em um momento ótimo, porque a tecnologia já está disponível. Por exemplo: a Itaipu trabalha nesta área desde 2017”.

No Brasil, ações semelhantes acontecem em todo o Noroeste do Rio Grande do Sul e Oeste de Santa Catarina. “São produções intensas e transformamos o passivo ambiental em dejeto econômico. No programa que será lançado queremos transformar o resíduo em biogás e biometano e, consequentemente, substituir o diesel. Assim conseguiremos reduzir o custo de 60%”.

DESAFIOS – Contudo, ainda existem gargalos a serem superados. Um deles citado pelo ministro é referente a receita extra. “Era algo que faltava, porque agora esses projetos devem virar um mercado de carbono; um crédito de metano. Por exemplo, seria mais uma receita para esse projeto, em Toledo, ‘ficar de pé’”.

Joaquim Leite salienta que os recursos serão multiplicados e, por consequência, será possível promover a viabilidade econômica na região, como incentivos tributários para a aquisição e compra de infraestrutura. “Nós somos amigos do meio ambiente e também do setor privado. Queremos estabelecer soluções para os desafios ambientais, mas trabalhando de forma integrada para trazer boas soluções para o nosso País”.

AVANÇOS – Na oportunidade, a deputada federal Aline Sleutjes – que também integrou a comitiva – destaca que o Governo Federal tem promovido um trabalho fantástico com o objetivo de mostrar que o agronegócio e o meio ambiente podem ‘andar’ juntos. “Os acordos firmados demonstram que o Brasil está preocupado em avançar. A Câmara Federal tem feito um bom trabalho e o projeto, em Toledo, agrega valor. Nós conseguimos fazer a diferença ao trazer renda e desenvolvimento. O nosso desejo é fazer com que o Paraná e o agronegócio continuem dando certo”.

Da Redação

TOLEDO

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