Deputados do Bloco PT-PDT comemoram reabertura da Fafen-PR
Os deputados e deputadas do Bloco PT-PDT na Assembleia Legislativa do Paraná participaram na quinta-feira (15), ao lado do presidente Lula, da solenidade de retomada das obras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR), em Araucária. Durante a cerimônia, que contou com a presença de centenas de petroleiros, químicos, lideranças políticas, sindicais e movimentos sociais, Lula anunciou investimentos da Petrobras no estado, com R$ 3,4 bilhões na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e R$ 900 milhões na Fafen.
Para os parlamentares, a reabertura da Fafen-PR é resultado de um processo que envolveu diálogo entre representantes da fábrica, governo federal e o setor produtivo. Eles avaliam que a retomada das atividades vai impactar positivamente o estado.
“Acompanhamos o processo de reabertura de perto, dialogando com representantes da fábrica, governo federal, setor produtivo e com a Petrobras para viabilizar a retomada das atividades, que vai impactar positivamente Curitiba, Região Metropolitana e Araucária”, disse a deputada Ana Júlia Ribeiro (PT).
“Além dos empregos gerados, a Fafen propicia soberania nacional e maior autonomia na fabricação de fertilizantes nitrogenados, o que tem retorno importante para a agricultura e para a produção de alimentos. Com a Fafen, Araucária tem a oportunidade de se consolidar como um polo de pesquisa e inovação na área petroquímica”, completou a parlamentar.
Na mesma linha, a deputada Luciana Rafagnin (PT) destacou que a reabertura da fábrica é uma vitória dos trabalhadores organizados que jamais aceitaram o fechamento da unidade.
“Quero parabenizar o presidente Lula por assumir o projeto de retomada da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) que beneficiará a economia do Paraná e principalmente nossa agricultura. Essa vitória também representa a luta dos petroleiros e petroquímicos, organizados na Federação Única dos Petroleiros e sindicatos filiados, que jamais aceitaram o fechamento de uma fábrica tão importante para a soberania nacional no setor de fertilizantes e, por consequência, de alimentos”, destacou.
O deputado Goura (PDT) disse que o fechamento da Fafen-PR, em 2020, foi um ato de irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Ele comentou ainda que a reativação da Fábrica fortalece a agricultura do Paraná e do Brasil.
“O fechamento da Fafen em 2020 foi um verdadeiro ato de irresponsabilidade, uma inconsequência do governo Bolsonaro. Hoje, a justiça está sendo feita com a recontratação dos trabalhadores que haviam sido demitidos. A reativação dessa fábrica fortalece a agricultura do Paraná, a agricultura do Brasil como um todo. Uma iniciativa muito importante do governo federal”, pontuou.
Presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, o deputado Arilson Chiorato disse que após o fechamento da unidade no Paraná, o país passou a importar 100% dos fertilizantes. Ele destacou a importância da retomada das atividades na geração de empregos e na economia.
“Emocionante, esse é o sentimento que eu posso usar sobre esse evento. Primeiro, pelo depoimento do presidente Lula e de toda sua história aqui no estado do Paraná. Segundo, pela defesa que ele fez da Petrobras e da independência econômica que tem o Brasil. Lula disse que a Petrobras é do povo. E, aqui no Paraná, a Fafen vai produzir fertilizante, sim, para o nosso agronegócio”, ressaltou.
“Com o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná no desgoverno passado, nosso país passou a importar 100% dos fertilizantes. Agora vamos retomar a produção, gerando milhares de empregos e melhorando a nossa economia”, observou Arilson.
O deputado Renato Freitas (PT) também participou do encontro com o presidente Lula e destacou a readmissão de mais de 200 trabalhadores com a reabertura da Fafen. O parlamentar ressaltou ainda a importância das políticas de inclusão do governo federal. “A fábrica foi fechada durante o governo vendido do Bolsonaro, que não se preocupava com o desenvolvimento do país. Com a reabertura foram empregadas cerca de 250 pessoas”, disse.
“Importante sempre lembrar que os governos não são todos iguais, embora todos sejam de alguma forma dominados pelos donos do poder (banqueiros, empresários, latifundiários, donos de rede de TV e etc). O governo Lula tem políticas de inclusão, como as cotas raciais e sociais que me oportunizaram estudar e melhor direcionar minha luta!”, frizou.
Por fim, o deputado Dr Antenor (PT) disse o anúncio da destinação de recursos feito pelo presidente Lula durante a solenidade de reabertura da Fafen é um “exemplo de como investimentos estratégicos podem gerar empregos e fortalecer nossa economia”.
“A reabertura da Fábrica de Fertilizantes Araucária é uma excelente notícia para a economia local e para o setor de fertilizantes. Com um investimento significativo, esta retomada representa um impulso para a indústria e para o desenvolvimento regional. É um exemplo de como investimentos estratégicos podem gerar empregos e fortalecer nossa economia”, finalizou.
Produção em maio de 2025
Na Fafen Paraná, os investimentos iniciais são para retirar a fábrica da hibernação, o que necessita da contratação de serviços de manutenção e da aquisição de materiais críticos. A intenção é que a fábrica volte a produzir ainda no primeiro semestre de 2025, com capacidade de atender ao menos 8% das necessidades do mercado nacional de fertilizantes.
Ao todo, a operação será capaz de produzir 720 mil toneladas de ureia e 475 mil toneladas de amônia anualmente, além de 450 mil metros cúbicos do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32) por ano.
Durante o processo de reativação da Fafen PR, a Petrobrás estima que mais de 2 mil postos de trabalho sejam gerados e que cerca de 700 empregos diretos sejam mantidos após o início das operações.
Esses recursos serão destinados à manutenção e a novos projetos, incluindo a implantação de uma unidade de hidrotratamento de médios (HDT) para aumentar a produção de diesel S10 e melhorias na eficiência energética, visando reduzir a pegada de carbono e aumentar a produção de derivados para atender à demanda do mercado.
ALEP