Rede de coleta de sangue do Paraná recebe câmeras para agilizar processos

A Unidade de Coleta e Transfusão – UCT de Toledo (Banco de Sangue) – recebeu duas câmeras digitais para ampliar os atendimentos com mais segurança transfusional, além de permitir maior agilidade ao processo de coleta. A chefe da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo, Vania Frigotto, esteve em Curitiba e trouxe com ela essa novidade.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) promoveu durante esta semana um encontro entre gestores e chefias técnicas da hemorrede do Estado. A reunião teve como objetivo ampliar o alinhamento de ações e planejamento de atividades.

“Para o Banco de Sangue de Toledo foram disponibilizadas dois aparelhos de webcam que irão auxiliar na identificação dos doadores e na segurança dos mesmos”, explica Vania ao citar que alguns serviços já ofertam esse registro e para a Unidade de Toledo as duas câmeras digitais são suficientes devido a quantidade de computadores na recepção.

SEGURANÇA NO PROCESSO – No ato do cadastro do doador será registrada sua fotografia e nos demais processos que ele passará dentro da unidade, sempre aparecerá a foto do mesmo, seja na triagem médica ou na própria coleta. “Isso garante maior segurança para ele e para a equipe de trabalho. O registro fotográfico foi implantado agora, essa semana, na rede Hemepar”, explica Vania.

Para utilização dos aparelhos em relação ao sistema de cadastro do doador, os servidores que prestam esse atendimento irão passar por uma capacitação. A chefe da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo pontua que o treinamento é simples e deve ocorrer na própria Unidade.

QUEM PODE – Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade podem doar com autorização e presença do responsável legal. O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).

FALTOSOS – “Nosso estoque está no nível intermediário, mas ainda estamos com problemas relacionados a faltas dos doadores que fazem o agendamento. Somente na última quarta-feira (8), registramos seis faltas. Conseguimos dispor uma agenda de até 46 coletas e essas faltas são significativas ao final de mês”, lamenta Vania.

Com uma doação é possível salvar até quatro vidas, devido o fracionamento do sangue. Após ele ser coletado precisa ser processado e fracionado em hemocomponentes. Assim uma doação resulta a produção de três tipos de hemocomponentes: plasma fresco, plaquetas e hemácias. Não se transfunde o sangue total. Esse fracionamento otimiza o uso do sangue, pois o paciente só irá receber o componente que ele realmente precisa e isso garante uma melhor estabilidade na questão de estocagem. “Pensando ainda que cada bolsa equivale até quatro vidas, seis faltas em um dia são 24 pessoas que podem ser prejudicadas com a falta”, conclui.

EM ATUAÇÃO – A Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo entrou em funcionamento na data de 5 de outubro de 1997. Entretanto, iniciou as coletas de sangue somente no mês de janeiro do ano seguinte. Na época, o Banco de Sangue era administrado pela Prefeitura em parceira com a Secretaria estadual da Saúde (Sesa). A partir de agosto de 2005, a Unidade passou a ser gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) em parceria com a Sesa. O Banco de Sangue de Toledo, além das doações, também realiza o cadastro de candidatos à doação de medula óssea. As bolsas são distribuídas nos 18 municípios da 20ª Regional de Saúde, entre as unidades de saúde conveniadas (hospitais e clínicas).

HEMEPAR – O Hemepar é a unidade da Secretaria estadual da Saúde responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná. Atende à demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da AE Notícias

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