Rota do Queijo Paranaense entrega placas para três queijarias de Toledo

Sabe aquela parada que não pode ficar fora do trajeto? Aquela parada que consegue deixar com ‘água na boca’, que encanto os olhos diante da belezas naturais do local, que envolve carinho, dedicação e, sem dúvida, um tempero especial: assim são as paradas que integram a Rota do Queijo Paranaense.

Na manhã de sexta-feira (18), as três propriedades do Oeste do Estado que integram a Rota: Queijaria Átani, Queijaria Flor da Terra e Queijaria Vila Belli receberam as placas que consolidam os espaços no roteiro do turismo paranaense. A cerimônia de entrega da placa virou um evento – na Queijaria Átani – com degustação e venda de queijos, além de palestras com profissionais da área.

Cada um com suas histórias, cada um com suas receitas, cada um com seus sonhos, mas todo com pontos em comum: ofertar o que há de melhor quando o assunto é queijo. Os representantes das queijarias receberam as placas com entusiasmo e com a certeza de que estão no caminho certo, no começo de grandes avanços.

A empresária rural Cirlei Rossi dos Santos – ao lado do marido Everaldo – receberam a placa. “Trabalhamos para que possamos entregar sempre o melhor. Nosso lema é que se for para fazer algo faça bem feito ou não faça”, salientou ao recordar do lançamento do queijo Dona Rossi, em homenagem à nona Lúcia Rossi.

Já o supervisor e responsável técnico da Queijaria Flor da Terra do Biopark, Henrique Herbert, pontuou como a eles têm ganhado espaço e a importância do processo de consolidação. “Ganhar premiações é uma forma de atestar a qualidade dos produtos. Nosso trabalho envolve essa constante busca de melhoria e a consolidação na Rota do Queijo Paranaense reforça tudo isso”.

A proprietária da Queijaria Vila Belli, Gelir Maria Giombelli, se emocionou ao receber a placa. “Faz 20 anos que trabalhamos para a realização de nossos sonhos. É um caminho árduo, em busca de conhecimento, de melhoramento, mas que, agora, tem gerado frutos. Em quatro meses de projeto tivemos reconhecimento mundial com o Tomme Negro D’oeste. É muito gratificante, pois trabalhamos apenas meu marido e eu”.

AGREGAR QUALIDADE – O gerente da Mesorregião Oeste do IDR-Paraná, Ivan Raupp, destacou que a Rota do Queijo Paranaense envolve um grupo seleto. “Dentro da Mesorregião Oeste temos 73 municípios e os três representantes são de Toledo e estão aqui. Temos cada vez mais a clareza de que ninguém faz nada sozinho. O resultado desse ato simbólico, nessa simples placa, destaca que temos uma cadeia produtiva forte no queijo e sabemos que Toledo é destaque, mas também nos destacamos pela qualidade agregação de valor, pela diferenciação e já estamos começando”, salientou.

A integrante do IDR Paraná, Valmira Dias, declarou a importância da cerimônia. “Oficializamos a adesão dessas queijarias na Rota e, com isso, elas podem fixar essas placas nas propriedades. Isso é como um marco, elas têm material de divulgação e esse ato concretiza quem faz parte da Rota do Queijo Paranaense”.

REUNIÃO TÉCNICA – A primeira palestra foi ministrada pela coordenadora do Programa Fomento do Agronegócio da Prefeitura de Toledo, Daliana Uemura, com o tema ‘Rotas turísticas de Toledo’. Já o assunto foi ‘Importância do Susaf para agroindústrias familiares’ com a coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal da Prefeitura de Toledo, Liane Pietrobelli. O último tema foi ‘Rotas do Queijo Paranaense’ com a Valmira Dias. Após o encontro técnico os participantes puderam apreciar uma degustações dos queijos produzidos pelas três queijarias, além de conhecer a história da Queijaria Átani.

A ‘saborosa’ Rota: os queijos que fomentam o turismo rural e a comunidade

Cada queijo tem suas particularidades e um preparo especial – Foto: Janaí Vieira

Em dezembro de 2021, uma iniciativa do IDR-Paraná IDR Paraná – Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná/Iapar/Emater – reuniu queijarias do Estado com o objetivo de criar um roteiro para quem deseja conhecer a produção paranaense. O projeto conta com diversas agroindústrias espalhadas por várias regiões que integram a Rota do Queijo Paranaense. Além de degustar diferentes sabores, os turistas também podem ter momentos de lazer nas propriedades.

A integrante do IDR Paraná, Valmira Dias, recordou os avanços nestes anos de Rota. “O lançamento ocorreu em 2021 e eram 29 queijarias. Hoje, estamos com 33, mas a Rota é aberta, a qualquer momento podem entrar novas, desde que atendam aos critérios necessários. Entre as especificações é preciso em primeiro lugar estar ok com o serviço de inspeção municipal ou estadual, precisa estar regularizada e ser pequeno e médio produtor”.

A Rota do Queijo, além de proporcionar o turismo, também serviu para identificar onde estavam os produtores no Estado e incentivou a regularização das agroindústrias. Os empreendimentos que integram a Rota atendem às exigências sanitárias previstas em lei. Os visitantes podem conhecer tipos diferentes de queijo, com ênfase no colonial maturado.

FOMENTAR O TURISMO E A COMUNIDADE – Os profissionais do IDR-Paraná orientam os proprietários rurais para que se preparem para receber os turistas, com o intuito de criar uma experiência diferente para os visitantes em cada queijaria. Os visitantes podem desfrutar mais que os saborosos queijos, pois existem ‘paradas’ na Rota que ofertam cafés coloniais, entre outros produtos produzidos na propriedade, além de visitas guiadas para conhecer o processo de fabricação dos queijos.

“A Rota não é apenas vender queijo, mas também fomentar o turismo rural, fomentar a comunidade local e atrair turistas. A iniciativa traz visibilidade para o produtor e ele precisa contar com uma estrutura simples, mas confortável e agradável, com acolhimento, com organização da propriedade, o paisagismo, ou seja, um espaço para receber o turista”, conclui.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da AE Notícias

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