Saúde de Toledo promove mutirão para vacinar neste sábado

Com o objetivo de ampliar a proteção contra doenças preveníveis e evitar uma sobrecarga na Rede Hospitalar Estadual, especialmente, nesta época do ano com temperaturas mais baixas, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) criou uma força-tarefa para aumentar as coberturas vacinais de imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, com foco, especialmente, em crianças e adolescentes.

Os municípios vão apoiar a iniciativa do Estado para aumentar as coberturas vacinais. A ação da Sesa é direcionada para as vacinas Influenza, Pentavalente, DTP, Pneumocócica 10 e Poliomielite, que estão com baixa adesão no Estado.

Em Toledo, a Secretaria de Saúde organiza um mutirão para vacinar contra coqueluche, gripe e multivacinação. A ação acontece neste sábado (10). Nesta data, nove Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estarão abertas. São elas: Panorama, Europa, Coopagro, Maracanã, Porto Alegre, Concórdia do Oeste, Novo Sarandi, São Luiz do Oeste e Vila Nova. As Unidades estarão abertas entre 8h e 17h.

De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Rosana Cerbarro, a aberturas das Unidades prioriza quem não consegue ir até o local durante a semana. “De maneira geral, nós sempre procuramos intensificar o trabalho de vacinar e são essas ações que melhoram a nossa cobertura”.

Rosana cita o exemplo da cobertura da Influenza no município. “Ela está abaixo do esperado. A Campanha iniciou em março e encerrou, mas ainda temos vacinas”.

Em média 57% do grupo prioritário recebeu a vacina da Influenza em Toledo. A meta era vacinar 90%. “Estamos com muitos idosos procurando a vacina agora. A principal orientação é que as pessoas não deixem de se vacinar, pois estamos passando por um período em que notamos o aumento de vírus respiratórios”.

COQUELUCHE – A Sesa divulgou ainda um alerta sobre o aumento de mais de 500% nos casos de coqueluche no Paraná em 2024, comparado ao mesmo período epidemiológico de 2023. A doença, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, detém alta transmissibilidade. Conforme o alerta do órgão de saúde, foram identificadas complicações e óbitos de crianças menores de um ano de idade.

Rosana relata que casos ainda não foram notificados em Toledo. Nas crianças, a imunização contra a coqueluche ocorre também por meio da vacina pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche). A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Além disso, gestantes recebem a dose da vacina a partir da 20ª semana. “O imunizante protege também a difteria e o tétano”.

Os profissionais de Saúde e pessoas que trabalham com crianças menores de um ano também podem receber essa vacina. Ao adulto, o imunizante é aplicado a cada dez anos”.

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde GM/MS nº 217/2023, a coqueluche é uma doença de notificação compulsória imediata, devendo ser informada em até 24 horas. É extremamente importante que todos os profissionais da saúde estejam atentos a isso para garantir uma resposta rápida e eficaz.

Atualmente, no Paraná, a cobertura vacinal da pentavalente em crianças menores de um ano está em 86,54%, quando o preconizado pelo MS é 95%. Em gestantes e profissionais de saúde a cobertura da dTpa é de 72,23%. Rosana lembra que os familiares ou os responsáveis devem levar o cartão de vacina da criança e um documento de identificação. “Com os documentos, a equipe na UBS consegue avaliar qual a necessidade de vacina da criança”.

Da Redação

TOLEDO

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