Saúde e cuidados: mercado da estética enaltece a beleza

O mercado da beleza e estética continua em ascensão. As linhas de produtos tendem a acompanhar as necessidades dos consumidores e os profissionais que atuam no ramo precisam acompanhar as novidades e as tendências do mercado, buscar aperfeiçoamento constante e focar em deixar a clientela cada vez mais satisfeita.

Com o empoderamento feminino cuidar da beleza, da autoestima e investir em tratamentos estéticos já está previsto no orçamento mensal de muitas mulheres. Cada vez mais as mulheres cuidam do cabelo, da pele, das unhas, dos cílios, do corpo e isso movimenta o mercado dando espaço para a atuação dos profissionais que elevam e valorizam a beleza com os seus trabalhos.

“O período intenso da pandemia refletiu em nosso trabalho”, recorda a esteticista Patrícia Silva. “Foi preciso enfrentar diversos obstáculos. Ninguém estava pronto para enfrentar uma pandemia. Centros estéticos e salões de beleza tiveram que fechar as portas diante dos decretos, tudo isso gerou impacto nas finanças, não tinha como fugir e a alternativa, naquele momento, foi buscar mais aperfeiçoamento”.

SAÚDE REFLETE BELEZA – Patrícia pontua que com a retomada do trabalho vieram novos desafios e ficou ainda mais evidente que o ato de ‘cuidar da beleza’ envolve zelar pela saúde, pois faz com que as pessoas também envolvam os cuidados com o corpo e com a mente. “Não se trata apenas de uma pele bem cuidado, de unhas feitas, de cabelos sedosos, mas sim de um corpo saudável em que os clientes vêm para fazer uma limpeza de pele, por exemplo, e sai com a certeza de que precisa usar protetor solar, cuidar da alimentação, buscar atendimento clínico com a realização de check up, manter a mente e o corpo em sintonia. Tudo isso envolve saúde e, consequentemente, o reflexo é a beleza e mais qualidade de vida”.

EMPODERAMENTO DA BELEZA – “Minha avó ia para o salão de beleza apenas para cortar o cabelo. Minha mãe começou a ‘ganhar gosto’ por esse universo e passou a levar com ela”, brinca a analista de contabilidade, Fernanda Alves. “Eu já tenho a beleza como peça que integra a saúde, a qualidade de vida e é possível ver o reflexo no espelho, ou seja, ver aquilo que nos faz bem, ver que o cuidar de si, cuidar do corpo é também cuidar da mente”.

Fernanda conta que não vê os cuidados com a estética como algo superficial, ou um capricho; para ela, é investimento e investir em si é uma excelente escolha. “Cada um tem suas prioridades e é claro que, nem sempre, é possível fazer tudo que temos vontade. Procuro colocar minha saúde e os cuidados estéticos como itens que constam no orçamento mensal, afinal é preciso se cuidar, estar bem, e investir na gente”.

Da raiz até as pontas: cabelos saudáveis são tendência que não saem de moda

O trabalho desses profissionais enaltece a beleza e alavanca a autoestima – Foto: Janaí Vieira/Arquivo JO

Eles ‘fazem a cabeça’ da mulherada. Ser cabelereiro é um dom. Com seus pentes, tesouras e escovas eles transforam vidas. O trabalho deles enaltece a beleza e alavanca a autoestima. Afinal, quem nunca cortou ou mudou a cor dos cabelos para dar aquele ‘up’ no visual?

Para se manterem no mercado, esses profissionais também precisam buscar aperfeiçoamento constante e sempre acompanhar as tendências. Novos cortes, novas cores, novos produtos movimentam o setor e fazem com que o segmento seja promissor e também desafiador.

“De um ano para o outro, sempre temos novidades: sejam nas modelagens dos cortes, nas pigmentações, nos alongamentos, nos tratamentos para crescimento natural, nos cuidados”, conta a cabelereira Caroline Rosa. “As tendências não se encaixam para todos. O cabelo é algo muito particular, nos sentido de espessura, quantia, tipo, enfim, cada pessoa tem características predominantes em relação as madeixas e essas características precisam ser respeitadas para que o cabelo se mantenha saudável”.

MADEIXAS SAUDÁVEIS – Caroline relata que a pandemia trouxe mudanças no comportamento de grande parte da população em relação aos cuidados com os cabelos. “Notei mudanças em minha clientela e ao partilhar isso com colegas de profissão tive o mesmo feedback: as pessoas estão mais preocupadas em manter os cabelos mais saudáveis, ou sejam, cuidando, usando produtos adequados, hidratando, nutrindo e isso só traz benefícios como um todo”.

Para a profissional, os avanços e o acesso mais facilidade as linhas de cosméticos capilares permitem que os cabelos não fiquem em segundo plano. “Com o avanço do mercado cosmético cuidar dos cabelos está cada vez mais prática e ter um kit de cuidados para usar no conforto do lar é quase item obrigatório”, cita ao acrescentar que os cuidados com os cabelos não envolvem apenas o lavar, mas sim uma rotina de atenção que trará mais sedosidade e crescimento.

TENDÊNCIA NÃO É REGRA – Em relação a tendência para os cortes, Caroline destaca o French Bob – corte chanel com franja – e o Long Bob – como uma opção menos radical. Sobre as cores, ela cita que continuam em alta castanhos iluminados e os loiros com suas variações.

“Não todo mundo que fica bem com franja, tão pouco de cabelos claros. Tendência é tendência e não é regra. É preciso respeitar as características naturais do cabelo, digo isso no sentido de manter a essência. Se a pessoa gosta de radicalizar – e expressa isso no cabelo – ela vai aderir as tendências. Já aquela que curte cabelos longos não vai fazer um corte curto porque é moda. Isso também vale para as cores. A beleza é algo muito particular e os cabelos refletem as características e o momento de cada um”, conclui.

Mãos bem cuidadas: fazer as unhas é uma ‘terapia’

O setor oferece diversas possibilidades para agradar os mais variados gostos – Foto: Janaí Vieira

“Cuidar das unhas não é um capricho, é uma necessidade”, afirma a manicure Rita Souza. Com mais de 15 anos de profissão, Rita relata que já acompanhou muitos avanços em termos de técnicas, produtos e tendências e, em todo este período, pode observar que cada vez mais os cuidados integram a rotina das clientes.

Uma unha bem-feita, segundo Rita, também tem o poder de elevar a autoestima. Ela fala que as mãos integram o ‘cartão de visita’, afinal, fazem parte da expressão corporal e da comunicação, por isso, mantê-las bem cuidadas também enaltece saúde e higiene.

Longa, curta, com alongamento, natural, com esmaltação vibrante, no transparente, decorada, não decorada, cada mulher tem suas preferências. Segundo a manicure, o setor oferece diversas possibilidades para agradar os mais variados gostos e o importante é fazer com que o ‘ato de fazer as unhas’ seja algo que traga satisfação e bem-estar.

COMPROMETIMENTO E CARINHO – “O trabalho exige comprometimento como qualquer outra profissão. Sempre a cliente busca o serviço, ela cria expectativa e quer resultado. Para ofertar um trabalho de qualidade é preciso estar bem informada, saber as técnicas, as tendências, ser agradável e atender bem”, declara.

Rita também acrescenta que a prática da profissão determina o atendimento de uma série de exigências que visam priorizar a saúde dos clientes e dos profissionais. Ela cita como exemplo a utilização de materiais devidamente esterilizados para que seja mantida a segurança da saúde.

“Com um atendimento de qualidade – e isso envolve pontualidade, flexibilidade na agenda – um ambiente acolhedor, um lugar agradável, o cumprimento de todas as exigências previstas para manter a saúde, a cordialidade, entre outros fatores fazem que seja criada uma relação de credibilidade e segurança com as clientes. Para muitas delas, vir fazer as unhas é um momento de relaxar, de focar na beleza, de cuidar de si. Fazer isso com carinho também é um diferencial”, garante Rita ao salientar que escolheu a profissão certa.

Autoestima: uma mente saudável pode ser ‘vista no espelho’

O mercado de cosméticos favorece, mas a autoestima também está relacionada com uma mente saudável – Foto: Janaí Vieira

Cuidar da beleza tende a refletir na saúde. A autoestima ajuda a manter a positividade, as relações interpessoais e promover mais qualidade de vida. Quando o corpo recebe cuidados, a mente também é ‘acariciada’ e tudo isso pode ser visto no espelho.

“Praticar alguma atividade física, manter uma alimentação balança, cuidar da pele, dos cabelos, das unhas, do corpo como um todo faz muito bem”, declara a psicóloga Jane Patti. “Os cuidados refletem na mente, no emocional, na autoestima. Gosto de pontuar que ‘cada pecinha’ precisa estar bem para que o conjunto todo funcione e a condição emocional, as situações de conflito, a saúde mental merece atenção especial. O cuidar da beleza é um gancho, muito importante por sinal, mas somente as questões estéticas irão resolver as questões emocionais”.

A profissional comenta que, nem sempre, é possível manter em harmonia e atender as necessidades. “Por exemplo, na correria do cotidiano, muitas pessoas não conseguem encaixar um horário para a prática de atividade física e conforme vão deixando de praticar, isso vai ficando cada vez habitual. O reflexo disso? O aumento de peso. O mesmo acontece com os cuidados com o cabelo, a pessoa vai deixando e deixando e quando percebe o cabelo está bem diferente do que gostaria. Citei exemplos diferentes, mas com o mesmo resultado: uma baixa na autoestima e ‘gatilho’ para a fragilidade na saúde, pois o corpo é um conjunto”.

PRIORIZAR A SAÚDE – Jane alerta que uma vida saudável supera seguir os padrões de belezas. “Vale destacar que o belo para um não é belo para o outro. Os famosos padrões de beleza se encaixam em todos os corpos, não atendem as expectativas de todas as mentes, isso é bom porque mostra que somos únicos, contudo, é preciso que essas diferenças estejam claras dentro de cada um. Cuidar da beleza integra as ações de bem-estar, de autoestima, de estar de bem com a vida, mas a saúde mental também é a base que tudo isso seja real e tenha significado”.

Da Redação

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