Saúde mental: alimentação balanceada contribui no combate da depressão

Os alimentos podem sim ser importantes aliados quando o assunto é depressão. Alguns alimentos ajudam na produção de serotonina – o hormônio responsável por regular o bem-estar, humor e relaxamento do corpo. Cuidar da alimentação traz benefícios não apenas para a saúde física, mas também para a mental, por isso, a escolha dos alimentos é importante diante de um tratamento e da luta pela cura.

No caso da depressão, segundo a nutricionista, Deise Baldo, seguir uma alimentação adequada pode ajudar o paciente, entretanto, os alimentos não substituem o tratamento medicamentoso, quando recomendado, ou terapia. Ela destaca que diante das dificuldades e novos cenários desencadeados pela pandemia, mais pessoas passaram a apresentar distúrbios psicológicos e aquelas que já tinham esses quadro, em diversos casos, potencializaram os sintomas.

“Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de cofatores para as sínteses como vitamina B e C, ácido fólico, magnésio, ômega 3, cálcio, triptofano (aminoácido), fibras, entre outros. A dica é que a pessoa, de fato, opte pelo consumo de alimentos que sejam ricos em nutrientes antioxidantes que estimulem a queda de nível de estresse”, aponta.

ALIMENTAÇÃO BALANCEADA – Deise comenta que cada cardápio é elaborado de acordo com as necessidades do paciente. Ela cita que, durante a avaliação nutricional, é realizada a avalição que envolvem diversas aspectos para que seja elaborado a combinação de alimentos que melhor irá atender ao paciente.

“Os alimentos que contribuem para o aumento da serotonina estão presentes no cardápio do paciente que está lutando contra uma depressão (contudo, como já frisado, cada cardápio, bem como cada paciente, têm suas particularidade). Peixes que possuem gordura de ação anti-inflamatória, oleaginosas, verduras e frutas ricos em fibras e azeite que é fonte de gorduras monoinsaturadas podem estar no cardápio e contemplam uma alimentação balanceada”, orienta.

MUDANÇA DE HÁBITO – A técnica em contabilidade, Josiane Souza, recorda que, no período em que enfrentou a doença, mudou os hábitos alimentares. “Foi um momento muito difícil, mas depois que aceitei que precisava de ajuda – foi como ‘virar uma chavinha’ –  as coisas começaram a melhorar. Na época, meu psiquiatra orientou que eu buscasse atendimento de um profissional de nutrição e de educação física, pois emagrecer com qualidade de vida e saúde seriam importante no processo de cura”.

Josiane passou a fazer acompanhamento nutricional e a praticar atividade física. Ela cita que eram atividades atreladas ao acompanhamento clínico, medicamentoso e terapêutico. “Adotar hábitos saudáveis como mudar a alimentação e praticar atividades física com comprometimento não foram fáceis, era mais um desafio diante do enfrentamento da doença. Contudo, dia após dia, era como se alimentação me deixasse com mais energia, mais disposição, mais vontade de treinar, de trabalhar, de fazer as atividades de casa, de viver. Hoje, continuo cuidando da minha alimentação, da minha saúde e reforço que é possível superar”, comenta.

Da Redação

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