Secretaria de Educação deverá passar por planejamento, aponta Marli

Ela tinha uma condição confortável na Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Toledo (Smel) e agora está no comando da Secretaria de Educação, Marli Gonçalves Costa assumiu a pasta no mês de maio a convite do prefeito Beto Lunitti. A secretária participou, na tarde da última terça-feira (28), do Programa Fim de Tarde com Editor, do Jornal do Oeste (JO) e falou sobre esse novo desafio em sua carreira profissional.

Marli afirma que se sente tranquila – em termos de trabalho – na política do Esporte. “Então, houve o convite para assumir a Educação. Quase tudo que me motiva é o desafio. Às vezes, a luta é mais gostosa do que a vitória. É uma grande honra comandar a Secretaria da Educação. Quem me conhece sabe o trabalho que realizei no Esporte e sempre o atrelei a Educação”.

MUDANÇAS – Na Secretaria, Marli comenta que procurará dar a sua ‘a cara’ e o seu ritmo de trabalho. “Quando assumi o Esporte, em 2013, fiz algumas alterações na pasta. Devo repetir essa ação na Educação. Para atuar na área pretendo convidar profissionais técnicos. A pasta deve ser formada por quem conhece e quem deseja trabalhar. As pessoas devem estar no lugar certo e o ritmo quem dá somos nós”. Ela salienta que deverá liderar pelo exemplo.

A primeira ação realizada pela secretária foi retornar 22 pessoas que estavam na Secretaria para sala de aula. “É preciso ter uma tratativa diferente com relação ao Recurso Humano na Educação, pois é a maior Secretaria em funcionários e orçamentos. Estou à frente de uma pasta que teve grandes pessoas e é um desafio enorme”.

Marli também destaca a importância do planejamento para a Educação. “Com o Recurso Humano completo é possível gerar hora-atividade ao professor e, por consequência, ele consegue planejar suas aulas. Além disso, ele também deve participar das capacitações”.

Para ela, o magistério está muito desvalorizado. “Nós tivemos dificuldades na contratação de professor. Faz o concurso e a pessoa não assume. Você acaba tendo que colocar o professor contratado na sala de aula. Imagina uma pessoa com formação sem experiência, está vindo para a sala alfabetizar e ainda não tem rodagem”.

TECNOLOGIA – Com relação ao acesso à tecnologia, Marli salienta que esse é o caminho. “É fazer com que as crianças vislumbrem mais o ensino com o uso da tecnologia e que elas consigam ter prazer. O aluno conectado é uma ferramenta essencial ao professor. As capacitações devem ter a inclusão da parte digital. Existe profissional preparado e quem não tem preparo. Por isso, precisamos pensar na capacitação pedagógica”.

A secretária menciona que o processo é lento. “Existe uma estruturação. Por exemplo: as 36 escolas devem ter o sistema de wi fi funcionando. Depois está sendo instalada a televisão. Com essas duas estruturas, chega o notebook para o professor e, em seguida, o laboratório de informática, robótica, a impressora 3D e, então, o tablet é entregue”.

CONCURSO – A secretária cita que está prevista a abertura de um concurso público para a contratação de professores. “Antes, existe a necessidade de aprovar a Lei dos Cargos. Tudo deve ser previsto”.

Outra ação é o avanço do professor de T 35 para T 40. “Um avanço ao educador de Cmei. Ao todo são 135 professores T 35. Com o avanço, eles passam a trabalhar uma hora mais. Estamos ajustando uma situação que não estava muito confortável e a adesão do professor é de 99%. O profissional vai trabalhar cinco horas por dia e vai receber a mais entre R$ 500 a R$ 900. A situação do quadro melhora, pois no mês se todos aderirem serão mais de três mil horas dentro do Cmei”.

Ainda sobre Cmei, Marli comenta sobre a abertura da estrutura em Vila Nova, assim como a necessidade de estudar a possibilidade de um novo Centro no São Francisco e no Panorama. “Eu tenho sete Núcleos dos Cmeis e a maioria das crianças é desses bairros citados. Por isso, precisamos planejar”.

POLÍTICA – Ao ser questionada pelo editor do JO, Márcio Pimentel se será candidata a algum cargo neste pleito, Marli disse que não participará. “Recebi diversos convites e fiz uma avaliação com as pessoas que me acompanham e, por fim, decidi por não participar desta eleição”.

A secretária pondera que apesar de não ter sido eleita na última eleição ao cargo de vereadora se sente mais feliz no Executivo. “No Legislativo, foram quatro anos de enfrentamentos. É muito tranquilo debater política nacional do que local. Não é fácil ficar na Câmara ou conviver com diversos tipos de caráter e de personalidade”.

ESPORTE – Com relação a deixar a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel), Marli menciona que o foco agora é na Educação. “Quando saí da quadra, às vezes, eu me pegava assistindo o jogo e dando opinião. Pensei que não seria feliz fora da quadra. Depois vem a gestão e a Câmara. Hoje, consigo contribuir mais com o esporte onde estou”.

Marli é a primeira profissional de Educação Física a assumir a Educação. “Defendo a integração entre as Secretarias de Esporte e de Educação, pois o ser humano é um só. Assim, consigo contribuir mais. (…) O caminho é grande e tem muito trabalho a ser feito na Educação”.

Da Redação

TOLEDO

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