Sustentabilidade da produção de piscicultura é abordada em Toledo

A região Oeste do Paraná é responsável por em média 80% da produção do Estado de piscicultura e contribui com 10% da produção nacional. A atividade de produção de tilápias tem ampliado em média 12% ao ano na região. O atual desafio é garantir que os aumentos de produção, produtividade e rentabilidade estejam alinhados com a sustentabilidade ambiental.

Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), C.Vale, Copacol, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Itaipu Binacional participam, nesta quarta-feira (7), do curso de “Qualidade de Água para Piscicultura”. A programação – que iniciou na última terça-feira (6) – teve a participação do professor Luis Alejandro Vinatea Arana, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); ele é considerado uma referência internacional em piscicultura.

A iniciativa faz parte do Projeto Ação Integrada de Solos e Água (Aisa), estabelecida entre a Itaipu Binacional e o IDR-PR, visando aprimorar as práticas de manejo e monitoramento da qualidade da água na piscicultura.

CAPACITAÇÃO – O coordenador da Mesorregião Oeste do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Ivan Decker Raupp, afirma que o curso envolve a capacitação da assistência técnica de profissionais da esfera pública como da privada. “As novas informações serão repassadas aos produtores. Atualmente, a região Oeste possui mais de 1.800 propriedades rurais e elas trabalham a questão comercial da produção de tilápia”.

Na oportunidade, Raupp pontua que diante do crescimento da cadeia em torno de 12% ao ano é interessante que ele acompanhe as premissas de sustentabilidade ambiental. “Assim, o desenvolvimento será de maneira sustentável”, cita.

O coordenador da atividade, o médico veterinário Gelson Hein, destaca a necessidade de promover o desenvolvimento da cadeia dentro de alguns parâmetros, principalmente os relacionados a sustentabilidade ambiental, econômica e social. “São fatores que envolvem o conceito de sustentabilidade. Nós trabalhamos com uma visão mais de longo prazo e consideramos os resultados de coletas de água. Para isso, os sistemas de produções de 13 propriedades da região Oeste estão sendo acompanhadas”, menciona.

DIAGNÓSTICO – Conforme Hein, a partir do acompanhamento em cada sistema de produção será elaborado um diagnóstico mais consistente do que realmente acontece na piscicultura. “Assim será possível fazer a intervenção no sistema de produção. Essa intervenção visa melhorar a condição, principalmente, de sustentabilidade no ambiente de ação da Itaipu”.

Um resultado aguardado no diagnóstico é ter uma água, de acordo com os parâmetros permitidos pela legislação vigente. “O sistema de produção necessita a cada dia mais de melhorias técnicas. Começamos a desenvolver o que já existe e queremos melhorar mais, como os protocolos de produção em toda a cadeia na propriedade do produtor”, destaca o médico veterinário e coordenador da atividade em Toledo.

O foco final do projeto é ter o aumento de produtividade, mas também ter uma condição de produção mais de controle. “A partir do repasse de conhecimento, nós conseguiremos fazer uma avaliação melhor do ambiente que trabalhamos”, afirma Hein ao complementar que a atualização do conhecimento do corpo técnico deve se manter atualizada. “Para termos uma boa qualidade de água, o corpo técnico precisa estar embasado”.

Para o extensionista rural do IDR-PR e médico veterinário na região de Toledo, André de Moura Victorio, o curso é uma atualização do que é trabalhado no campo e também traz as novidades de conhecimento em qualidade de água. “O objetivo principal é melhor atender o produtor no seu dia a dia no campo. Assuntos como a correção da qualidade da água são importantes. Exemplo: como enfrentar o problema do ciclo do oxigênio ou do nitrogênio na água. Quando eles estão desregulados causam problemas na água. Com o curso, nós compreenderemos melhor as situações e teremos fundamentos a mais para buscar as soluções”, finaliza Victorio.

Da Redação

TOLEDO

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