Seminário em Toledo debate futuro da tilapicultura para a região

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O Paraná possui potencial para a exploração da piscicultura, por conta da quantidade e qualidade das águas, das características dos solos e das coleções de águas disponíveis em represas e rios distribuídos no Estado. O Paraná é o estado que mais cultiva peixes do Brasil, chegando em média 85% de produção, de acordo com dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e do Sebrae/PR. O crescimento desta atividade, muitas vezes, esbarra em alguns gargalos, como a qualidade de água. Esse é um dos assuntos do Seminário de Extensão em Piscicultura: Rumos da Tilapicultura. Na sétima edição, o evento reúne aproximadamente 300 participantes. A programação iniciou na última terça-feira (22) e segue até esta quarta-feira (23), no auditório da Pontifícia Universidade Católica (PUC), campus Toledo.

O trabalho que os técnicos do Instituto do Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) realizam com os produtores busca apoiar o desenvolvimento da cadeia produtiva, procurando proporcionar aos sistemas, sustentabilidade com enfoque na preservação dos recursos naturais e na renda em todos os elos da atividade.

Conforme o extensionista do IDR-PR, em Toledo, André de Moura Victorio, o objetivo principal é trazer para o evento temas com debates complexos. Entre eles, a qualidade da água. “Nós reunimos agentes públicos e privados e buscamos um acordo de como trazer mais sustentabilidade para as ações e aos elos da cadeia”.

Victorio complementa que a expectativa é fixar o evento para que ele retorne a agenda permanente. “Precisamos abordar os gargalos na piscicultura e, por isso, o debate acontece de forma ampliada e agrega todas as pessoas interessadas no assunto, como produtores, técnicos, cooperativas, entre outras entidades”.

CONHECIMENTO – O professor André Gentilin é doutor em Recursos Pesqueiros e atua no Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Foz do Iguaçu. Ele participou do primeiro dia e ministrou uma palestra sobre o uso de aeradores. “Tratei modelo, tipo, posicionamento, eficiência e estratégias quanto ao seu uso. O tema demonstra a importância do conhecimento para melhorar a eficiência produtiva e a redução do custo de produção”.

O extensionista do IDR-PR Victorio cita que o painel ‘Qualidade de água e regularização ambiental de piscicultura (IDR-PR, IAT, técnicos do setor)’ destacou diversas questões, principalmente, as relacionadas ao impacto ambiental da atividade na água. “O Instituto Água e Terra é responsável pelo licenciamento e, por isso, o órgão trouxe orientação. Além disso, participaram técnicos responsáveis pelas licenças de outorgas e projetos. São profissionais que enriqueceram o debate”.

Ele acrescenta que outros temas são abordados nesta quarta-feira, como os rumos da produção de peixes e a inspeção de abatedouros de peixes. Hoje, o Sebrae conduz o painel sobre a regularização de abatedouros de peixe ao Susaf e participa de um painel sobre o papel da extensão aquícola. Para o consultor do Sebrae/PR Emerson Durso, a Região de Toledo é um polo reconhecido nacionalmente na produção de tilápias. “O evento contribui para aumentar ainda mais esse potencial da nossa região, pois além de temas relevantes, agregou profissionais da área, produtores, frigoríficos cooperativas, universidades entre outros”.

A engenheira de pesca do IDR-PR Dayane Lenz enfatiza que equipamentos, qualidade de água, regularização ambiental, sanidade e agroindústria são assuntos importantes para o desenvolvimento e o aprimoramento da cadeia em Toledo e na região Oeste do Paraná.

Da Redação

TOLEDO

Programação desta quarta-feira

8h – Recepção e abertura;

8h30 – Palestra: elaboração de ração na propriedade – Dr. Wilson Rogério Boscolo;

9h30 – Palestra: Rumos da tilapicultura: perspectivas de futuro – Dr. Dirceu Basso;

9h30 – Mesa Redonda: Regularização de abatedouros de peixe e Susaf-PR, Sebrae, Adapar, SIM/POA;

10h30 – Café com networking;

11h – Painel: o papel da extensão aquícola – mediador Dr. Aldi Feiden;

12h – Intervalo para o almoço;

13h30 – Visitas técnicas.

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