Toledo à beira de uma epidemia de dengue com aumento de casos

Boletim divulgado nesta quinta-feira (7) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) traz números muito preocupantes em relação à dengue. Em apenas uma semana, o total de casos confirmados em Toledo no atual ano epidemiológico, iniciado em agosto de 2021, subiu de 128 para 300 (289 autóctones e 11 importados), um crescimento de 134,38% em apenas uma semana – neste período, 692 notificações de pessoas com sintomas da doença (manchas avermelhadas na pele, dor abdominal e febre) foram registradas (alta de 49,78% no mesmo período), sendo que em 214 a hipótese de infecção foi descartada.

Quase metade das pessoas que testaram positivo residem nos cinco bairros com maior incidência: Centro (42), Paulista (28), Pancera (24), Panorama (24) e Boa Esperança (23). Em se tratando de focos do mosquito encontrados em imóveis, o ranking é liderado por Coopagro (60), Santa Clara I (50) e Orquídeas (50).


A coordenadora do Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, destaca que, levando em conta o crescimento exponencial de focos de Aedes aegypti encontrados pela equipe do setor e de pessoas com sintomas da doença que procuram os serviços de saúde, Toledo está à beira de uma epidemia, ainda mais porque há 178 pessoas aguardando o resultado do exame. “Tecnicamente, é preciso atingirmos a marca de 433 casos confirmados, o que representa 0,3% da nossa população, para estarmos nesta condição. Contudo, entendo como inevitável que isso aconteça. Por essa razão, é imprescindível a colaboração dos nossos cidadãos no combate ao mosquito, impedindo que ele se reproduza em locais onde a água pode acumular. Todos sabem o que fazer para prevenir a dengue. Portanto, é dever de cada um impedir que esta doença se torne um problema ainda maior para as nossas famílias”, salienta.

Sobre a possibilidade de dispersão de inseticida via fumacê, Lilian entende que a medida mais eficaz é atacar o Aedes ainda na fase embrionária. “O fumacê só elimina o mosquito adulto e ainda que fosse o caso de recorremos a ele, este serviço é realizado somente pela Sesa [Secretaria de Estado da Saúde], que entende que há municípios em situação pior que a nossa para atender primeiro, onde o bloqueio mecânico não tem sido o suficiente, o que, felizmente, não é o nosso caso. É muito mais útil eliminarmos os criadouros com uma geral no quintal uma vez por semana e usarmos repelente de duas em duas horas do que esperarmos esse tipo de procedimento”, compara. “Volto a pedir: quando o agente de endemias bater palma em seu imóvel, deixe-o trabalhar sem criar empecilhos. Esta vistoria é imprescindível para conseguirmos superar esta fase crítica e para termos bons resultados em médio e longo prazo”, analisa a coordenadora.

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