Toledo apresenta saldo positivo de 55 na geração de empregos em maio
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, na última quinta-feira (27), mais uma rodada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme o relatório, o município de Toledo totalizou um saldo positivo de 55 postos de trabalho com carteiras assinadas em maio.
Com esse saldo, Toledo está com 62.019 empregos formais (no estoque). O diretor da Agência do Trabalhador Amir Kanitz explica que os números resultantes da soma entre as admissões (2972) e demissões (2917) trazem um saldo positivo de 55 vagas a mais preenchidas no último mês, porém, menor do que o saldo de 291 no mês anterior.
Somente os setores de Comércio e Serviços apresentaram saldos positivos em maio deste ano. Serviços admitiu 1.153 trabalhadores e desligou 1.100, resultando em um saldo de 53. Já Comércio abriu 672 novas vagas de trabalho e demitiu 630 funcionários, gerando um saldo positivo de 42.
Por sua vez, Agropecuária, Indústria e Construção Civil tiveram saldos negativos no período em análise. A Agropecuária teve um saldo negativo de (-25), ou seja, 77 desligamentos e apenas 52 novas contratações. A Construção Civil demitiu 199 trabalhadores e contratou 191, ocasionando um saldo negativo (-8) e, por último a Indústria que desligou 911 funcionários e admitiu 904, totalizando um saldo negativo de (-7).
ESTABILIZAÇÃO
Segundo o diretor da Agência do Trabalhador, apesar do Município estar com a maior quantidade de pessoas colocadas na história no mercado de trabalho, é possível notar uma estabilização nos números. “Esses índices são crescentes desde o fim da pandemia”.
Ele comenta que o setor da Indústria apresenta alta rotatividade de funcionários. Kanitz salienta que esse fato acaba por confundir os momentos em que muitos trabalhadores podem migrar de empresas e receberem seguro-desemprego antes de ocupar um novo cargo em outra indústria. É um exemplo, mas ocorre com frequência na cidade, pondera o diretor da Agência do Trabalhador.
Outro fator destacado por Kanitz com relação aos números do Caged de Toledo em maio deste ano é a existência de um movimento grande de pessoas que passaram para o modelo de Microeemprededores Individuais (MEI) e, assim, se tornam prestadores de serviços para empresas. “Sobretudo no ramo de construção civil, em vez de se tornarem funcionários”.
QUALIFICAÇÃO
O diretor da Agência do Trabalhador enfatiza que, em todo caso, é fundamental prestar atenção na curva de estabilização do mercado de trabalho, que teve um boom nos dois últimos anos pós-pandemia.
“E, não menos importante do que isso, a saturação da oferta de mão de obra qualificada, de modo que temos muitas vagas abertas que não são preenchidas por haver grande falta de qualificação dos trabalhadores, bem como pela inconsistência na permanência por um período maior nos empregos”, enfatiza Kanitz.
Ele complementa que por conta disso, o Município possui um cenário que precisa ser bem compreendido, para que os números possam ser avaliados de forma correta e, principalmente, que seja possível intervir na realidade local.
Atualmente, a Agência do Trabalhador de Toledo atua em parceria com o Conselho Municipal do Trabalho (Comter). “Nós queremos ter os cursos mais adequados para qualificar quem está querendo entrar no mercado de trabalho. Assim como quem já está e pode progredir”.
PERSONALIZADOS
A equipe da Agência ainda busca avançar com o serviço de headhunter. O diretor comenta que se trata de encaminhamentos mais personalizados, ajustando os candidatos às vagas disponíveis. “Esse serviço hoje tem uma efetividade de 82% nos encaminhamentos, o que é um número muito alto, considerando os encaminhamentos comuns”.
Soma-se a isso os esforços para levar as vagas até as pessoas por meio de mutirões de emprego e programações temáticas de emprego na própria Agência do Trabalhador. “Além do trabalho que temos em que servidores se dedicam a convocar pessoas diretamente pelo WhatsApp a entrevistas de emprego que ocorrem diariamente na Agência”, finaliza Kanitz.
Da Redação
TOLEDO