Toledo gerou 2.310 empregos no primeiro semestre

O município de Toledo fechou o primeiro semestre com saldo positivo de 2.310 novos postos de trabalho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse número é o resultado da contratação de 18.307 trabalhadores e do desligamento de 15.997 de janeiro a junho deste ano.

No mês de junho, as contratações com carteira assinada foram 2.765 e as demissões 2.840, encerrando o período com saldo negativo de 75 postos de trabalho fechados. “Nossa cidade, gerou em seis meses o saldo positivo de 2.310 vagas, isso significa que mesmo com essa oscilação do mês de junho, nós ainda tivemos no acumulado do seis meses um acréscimo de vagas”, comenta o gerente da Agência do Trabalhador, Rodrigo Souza.

Ele recorda que em 2020 houve um grande número de demissão em vários setores da economia em Toledo; já em 2021 os dados do mercado de trabalho se mantiveram; em 2022 foi gerado o dobro de vagas, com um importante crescimento. “Quando faz o comparativo com esse período agora, nós estamos mantendo uma perspectiva se comparado a 2019 e anos anteriores, em relação ao percentual. Em 2022 mantivemos um processo grande crescimento de vagas que vem se mantendo no decorrer desse período”, complementa.

DADOS – Em junho, o setor de Serviços realizou 1.084 contratações e 1.240 desligamentos, gerando um saldo negativo de 156. O setor da Agropecuária também encerrou o mês com saldo negativo de 28 postos de trabalho fechados, um resultado de 41 admissões e 69 desligamentos. “O setor do Agronegócio teve esse saldo negativo por conta da safra, e o setor de Serviços tem essa oscilação que é dentro do previsto”, esclarece Souza.

O economista Jandir Ferrera de Lima cita que a queda na variação no volume de empregos formais em junho no município de Toledo foi uma tendência que se apresentou em todo o Brasil. “Ela reflete o impacto dos juros muito elevados em relação a inflação e o endividamento das famílias, que está acima de 70%”.

O setor do Comércio e o da Construção também tiveram saldo negativo em junho com -3 e -2 postos de trabalho encerrados, respectivamente. O economista pontua que esses setores são os mais sensíveis da economia com taxas de juros elevadas e a perda de poder aquisitivo da população. Além disso, Lima reforça que muitos empregados da área de serviços se tornaram microempreendedores individuais. “A retomada dos programas habitacionais para pessoas de baixa renda e classe média baixa aliado a recuperação do poder de compra da população deve ajudar a recuperação do setor terciário”.

Já a Indústria foi o único setor que se destacou no mês de junho com 114 postos de trabalho abertos no período. Foram 847 contratações e 733 desligamentos. Lima enfatiza que, em especial a agroindústria manteve o nível de emprego no período. “Isso é reflexo do mercado exportador e da queda na inflação de alimentos, que estimulou o consumo de proteína animal. Além disso, em Toledo ocorreu a expansão do parque fabril na área de nutrição animal. Enquanto o comércio exterior estiver aquecido e as famílias brasileiras voltarem a consumir proteína vegetal e animal em níveis mais elevados, a tendência do setor agroindustrial é de manter o ritmo de empregos”.

EXPECTATIVAS – Para o segundo semestre, o economista Jandir Ferrera de Lima lembra que as datas festivas sempre estimulam a contratação de trabalhadores para atender a demanda de serviço. Contudo, são empregos temporários. “A retomada plena do poder de compra da população, aliado a qualificação e capacitação da força de trabalho e ampliação dos investimentos públicos e privados vão assegurar a criação de postos de trabalho no setor terciário e demais atividades econômicas”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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