Toledo é o terceiro município com o maior número de óbitos por dengue

O encerramento do ano epidemiológico da dengue irá trazer resultados alarmantes em Toledo. No período de 1ª de agosto de 2023 a 28 de julho de 2024, o município registrou 10.234 casos positivos e 44 óbitos. No comparativo com o ano epidemiológico anterior – período de 1º de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023 – o aumento de vítimas fatais foi de 4.400% e 926% no aumento de casos confirmados. No Estado, Toledo é o terceiro município com o maior número de óbitos.

“Toledo e todo o Estado sofreu muito no ano que se encerrou com muitos casos e óbitos”, lamenta a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Juliana Beux Konno. “Pensamos que fatores climáticos interferiram neste período, pois tivemos temperaturas elevadas e chuvas e isso favoreceu desenvolvimento, crescimento e proliferação desse vetor.

Conforme Juliana, existe o enfretamento de diversas situações que refletem diretamente no número de casos. “Uma dificuldade que vivenciamos na prática, na rotina, e através da observação do número de focos – pois sempre que um foco é encontrado é preenchida uma notificação – vimos os números crescendo e a população ainda sem desempenhar seu papel de cidadão. Vimos a dificuldade das pessoas olharem para seu quintal e fazer uma breve vistoria após as chuvas; uma dificuldade de contribuição da população, pois o poder público isolado não consegue combater”.

COMBATER A DOENÇA – Em relação as medidas a serem adotadas como forma de combate e proliferação do mosquito, Juliana cita que desde julho foram iniciadas alternativas para que não seja enfrentado, novamente, a situação vivida neste ano epidemiológico.

“Iniciamos uma série de capacitações com o setor, também com os agentes comunitários de saúde, pois visamos promover a integralização entre essas duas categorias, que estão as residências, que têm vínculos com as famílias, que têm mais acesso, também orientações e capacitações nas demais categorias. Também trabalhamos na atualização no Plano de Ação e Plano de Contingência contra a dengue que possibilita novas ações e mobilizações”, pontua ao salientar que combate precisa envolver o comprometimento de todos.

NO ESTADO – A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou na última terça-feira (30) o último informe da dengue deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. Cascavel (57), Londrina (52), Toledo (44), Apucarana (27) e Francisco Beltrão (19) lideram a lista de óbitos –  foram confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue.

Foram registrados mais 8.031 casos da doença e 39 óbitos na última semana. Somados aos dados do período, o Paraná contabiliza 939.453 notificações, 595.732 casos. Londrina (40.552), Cascavel (32.338), Maringá (23.232), Apucarana (18.619) e Ponta Grossa (17.440) foram os municípios com mais casos confirmados neste período epidemiológico. No total, são 397 municípios com confirmações da doença. Apenas Agudos do Sul e Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, não tiveram registros – Tunas do Paraná aparecia até há pouco com um caso confirmado, que foi descartado. Até o período 2023/2024, o ano epidemiológico 2019/2020 era o que concentrava mais casos, com 227.724, além de 177 óbitos.

EMERGÊNCIA EM SAÚDE – O secretário estadual da Saúde, Cesar Neves, lembra que o último período foi de muito trabalho e dedicação das equipes. “A dengue está presente em praticamente em todo o País, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil óbitos, e no Paraná não foi diferente. Assim como em outros estados, aqui também houve enfrentamento dessa grande epidemia. Não medimos esforços para a realização de ações resolutivas, porém precisamos da ajuda da população”, afirmou.

A situação em relação à doença fez com que o Governo do Estado decretasse, em março, a situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada devido ao aumento no número de casos e óbitos pela doença. A vigência do decreto foi de 90 dias.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da AEN

Confira a evolução dos casos:

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