Trabalhar é preciso: satisfação e realização norteiam mudança de profissão

Na segunda-feira (1º), é comemorado o Dia do Trabalhador. A data é uma homenagem a todos aqueles que fazem das atividades profissionais o sustento familiar, passam grande parte do dia e da vida exercendo a função empregatícia. Em um universo com diversas possibilidades e acesso mais facilitado ao conhecimento, a busca pela realização profissional é cada vez mais intensa e mudar a profissão pode ser uma escolha não apenas para os mais jovens.

Mudar de profissão pode ser uma tarefa fácil para alguns e complicada para outros. A decisão tende a envolver vários fatores externos, pois pode implicar no retorno aos estudos, novos horários de trabalho, mudança de cidade, alterações na rotina familiar, entre outras peculiaridades.

A profissão escolhida ainda na infância, estudada na juventude e colocada em prática na fase adulta, nem sempre, é suficiente para trazer a realização pessoal almejada, o retorno financeira vislumbrado, a valorização no mercado de trabalho, a felicidade. Quando começa a romper algum dos pilares que sustentam a profissão a dica é que sejam revistas as prioridades para não abalar toda a estrutura.

“No processo de escolha por uma nova profissão é preciso levar em consideração três importantes aspectos:  o que a pessoa gosto de fazer; o que ela sabe fazer e o que o mercado precisa”, pontua a psicóloga, Katyana Martins Weyh. “Com base nessa avaliação a pessoa que deseja mudar de ramo profissional pode traçar um novo caminho a ser seguido”.

INDICATIVOS PARA A MUDANÇA – Entre os indicativos que envolvem a necessidade de mudança, os principais sinais para um processo de transição estão voltados à forma como a pessoa se sente em relação ao seu trabalho. Isso envolve desde o ambiente, o convívio e os tipos de sentimentos que são nutridos.

A psicóloga pontua que a pessoa deve estar atenta aos sinais e quando percebe que o trabalho desenvolvido não possibilita o equilíbrio da sua saúde física e mental, quando está insatisfeita com sua experiência profissional, remuneração ou ainda tem sentimentos de desvalorização e desrespeito é importante rever e buscar novos caminhos.

PROCESSO DE TRANSIÇÃO – De acordo com a profissional, é preciso que aconteça a preparação deste momento, ou seja, organizar a mudança de profissão. “A dica é fazer uma análise dos fundamentos norteadores dessa escolha – aqueles três aspectos citados anteriormente. Além disso, é importante trabalhar o autoconhecimento, pois ele é fundamental nesta fase, pois ajuda a fazer escolhas mais precisas levando em consideração os valores, os objetivos e as crenças”, declara ao citar a frase de Khalil Gibran: ‘Todo o trabalho é vazio a não ser que haja amor’.

Profissional em Tecnologia da Informação no mercado de trabalho é imprescindível

Fernando Botelho explica a evolução da área – Foto: Arquivo Pessoal

O mercado de trabalho é dinâmico e o cidadão deve estar atento para conhecer as tendências. A área de tecnologia é uma das mais promissoras atualmente. Isso se deve ao fato de que os processos vêm sendo cada vez mais automatizados.

O foco da atuação, geralmente, consiste em gerir os recursos tecnológicos de empresas, garantindo o bom funcionamento de todo sistema operacional. A Tecnologia de Informação é uma área interessante e curiosa, pois ela não atua por si só. Ela é movida e direcionada pelas demandas das outras áreas da sociedade, das organizações e assim por diante.

De acordo com o coordenador do curso de Análises e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Paranaense (Unipar), campus Toledo e Cascavel, Fernando Botelho, um exemplo foi o que aconteceu na pandemia do novo coronavírus. “Logo no começo, as pessoas perceberam a necessidade da comunicação sem estar próximas e a tecnologia conseguiu auxiliar”.

A partir da pandemia, Botelho recorda que a área teve um boom de desenvolvimento e de aprimoramento de soluções. “Ao longo dos anos percebemos que a tecnologia sempre está presente na vida das pessoas, das organizações e das empresas, o que demanda por profissionais”.

VIDA – O trabalho da Tecnologia de Informação é auxiliar e automatizar o processo da vida das pessoas. “Brinquei em uma palestra ao mostrar três vídeos de automação. Um deles é em implementos agrícolas. Um equipamento que fazia quase todas as funções na lavoura foi substituído por uma tecnologia em que somente uma pessoa opera. A tecnologia colabora para que as tarefas manuais sejam eliminadas e as pessoas possam se dedicar as tarefas mais analíticas”, comenta o coordenador.

Conforme Botelho, a Tecnologia de Informação facilita a troca de informação ou da sua gestão. “Exemplo: o banco eliminou a pessoa que arquivava documentos, porque os papeis deram lugar ao trabalho digital. Em Tecnologia de Informação se aplica uma regra semelhante. Uma determinada função pode ser substituída por uma máquina, como sanar dúvida ou montar um relatório mais bonito”.

O profissional menciona que as tarefas mais manuais devem ser extintas nos próximos anos. “Novas oportunidades devem surgir, assim como empregar

valor para as organizações e as tarefas do cotidiano. As novas funções terão ganhos significativos. São elas: engenheiro ou analista de dados. São atividades que exigem qualificação maior”.

Botelho explica que fazer uma programação é fácil. “Agora esse sistema resolver o problema de determinado empreendimento requer outros requisitos, como compreender estatística, regras de negócios, movimentação de caixa ou gestão de estoque de uma loja”.

DESAFIOS – A área de tecnologia evolui conforme surgem novas formas de processamento ou armazenamento de dados. O acesso a internet provoca mudanças e também traz novos desafios e oportunidades.

O coordenador salienta que o próximo desafio é como trazer a inteligência para a área de tecnologia. “Como assim? Como isso vai impactar na forma de desenvolver um software e utilizar a tecnologia. Existe um espaço para evoluir, implementar e trazer mudanças ao cotidiano para quem desenvolve e utiliza a tecnologia”.

Botelho afirma que alguns profissionais possuem mais experiência e conseguiram oportunidade no exterior. “A pandemia foi uma curva íngreme de demanda por profissionais na área de tecnologia de informação. Essa demanda deve continuar alta. O trabalho remoto abriu oportunidades para qualquer lugar do mundo. O profissional de tecnologia não desenvolverá somente programa, e sim, atuará em áreas periféricas”.

Atualmente, uma dificuldade do setor é a contratação de desenvolvedor. “Esse é o principal gargalo. As empresas buscam formas e tecnologias para suprir essa demanda, assim como a área tem sofrido com as mudanças do cotidiano”.

Da Redação

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