Unioeste expõe projetos de pesquisa e extensão no InovaMeat Toledo

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) esteve presente no InomaMeat Toledo, um evento organizado pelo Sindicato Rural e pela Associação Comercial e Industrial de Toledo, com o apoio da prefeitura do município e de empresas como Sicredi, Sistema FAEP, BRF, Primato, entre outras, que ocorreu do dia 11 a 13 de abril.

A Unioeste aproveitou o evento para mostrar ao público suas inovações na área da proteína animal, desenvolvidas por acadêmicos e docentes da instituição. Para o diretor de pesquisas da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Unioeste, Douglas Cardoso Dragunski, o evento discutiu assuntos essenciais para o desenvolvimento da relação entre universidade e mercado.

“Este é um grande momento de mostrar o que nós estamos fazendo e o que podemos ajudar muito a sociedade, bem como as empresas da nossa região que trabalham com esses produtos e também os produtores. Esse é o papel fundamental da universidade, ser extensionista, envolvendo a pesquisa e a inovação, que é o que faz com que essas novas descobertas da universidade possam ser aplicadas nas empresas e na sociedade, melhorar a qualidade de vida da população”, explica o diretor.

Inovação na Prática

E para falar sobre a inovação desenvolvida dentro da Unioeste, ninguém melhor do que os próprios pesquisadores. Por isso, a professora Dra. Mônica Lady Fiorese, líder do grupo de pesquisa em Engenharias Sustentáveis – Bioprocessos, Separação e Catálise e docente da universidade, fez questão de estar presente e organizar a ida de alguns acadêmicos de graduação e pós-graduação da Unioeste, junto com um pouco das tecnologias que desenvolvem no laboratório para a área de proteína animal, como a professora diz.

“Trouxemos um pouquinho da parte dos hidrolisados proteicos, que a gente tem desenvolvido com as empresas da nossa região, porque os hidrolisados proteicos hoje são uma alternativa de alimento, para você reutilizar os resíduos e colocar eles no mercado com maior valor agregado”.

Além disso, o InovaMeat Toledo reúne produtores, instituições e empresas do ramo da proteína animal, algumas delas, inclusive, são parceiras da Unioeste, como a BRF por exemplo. Por isso, também a presença da universidade é de grande valia no evento, já que a aplicação dos projetos de extensão da Unioeste nas empresas, é uma característica muito relevante nos programas de pós-graduação.

Foto: Vinícius Barreto

O diretor-geral do campus de Toledo da Unioeste, Remi Schorn afirma que “a Unioeste tem contribuído muito com o setor produtivo local, por meio das pesquisas e inovações tecnológicas desenvolvidas nas mais variadas áreas. Por exemplo, nossas pesquisas têm mostrado como agregar valor à proteína animal na indústria alimentícia, o que promove o desenvolvimento local”.

Essa parceria é uma via de mão dupla, pois agrega tanto à universidade, quanto às empresas, visando o bem dos consumidores. A Dra. Mônica explica que hoje, o mercado consumidor tem modificado.

“O mercado consumidor não quer mais coisas sintéticas, ele quer os alimentos tanto na área de animais, petfoods ou animais de grande porte, como também os consumidores finais, querem aditivos que sejam naturais, corantes naturais. Muitas empresas do setor de cárneos já estão indo de encontro com adicionais de aditivos naturais, por causa do consumidor, então orgânico, aditivos naturais, é o que estão pedindo. Então o que produzimos na Unioeste é em função disso, de criar alimentos ou aditivos, que possam auxiliar na saúde do consumidor, mas que tenham um potencial nutricional, isso vale tanto para consumo humano quanto para consumo animal”.

Sustentabilidade

Os projetos de extensão da Unioeste visam a sustentabilidade e benefícios para a população. No estande da universidade, puderam ser observados projetos que inovam produtos a partir de resíduos. Carina Contini Triques é pós-doutoranda do curso de Engenharia Química e conta que os projetos apresentados no evento, são projetos de aproveitamento de cárneos e extratos de plantas que podem ser utilizados para consumo animal e humano. Os resultados podem ser vistos em produtos já disponíveis no comércio.

“Trouxemos os rótulos das embalagens para mostrar que realmente estão sendo incluídas em rações animais, cosméticos e ali no laboratório, com a estrutura que temos, a gente consegue obter esses extratos de forma muito mais rápida, muito mais econômica, se torna mais verde, mais sustentável”, diz a pós-doutoranda.

Ainda, Carina comenta que a oportunidade de estar presente no InovaMeat é uma grande oportunidade para a universidade. “Hoje temos mais opções, nós temos como produzir de forma mais sustentável, mais eficiente, mais econômica e também para dar visibilidade para a nossa universidade, mostrar que nós estamos desenvolvendo esses projetos e que eles são projetos com aplicação direta nas empresas”.

Central de Notícias Unioeste – CNU

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