UTI Neonatal de ‘cara nova’: Projeto Pequeno Amor conclui obras de melhorias

Ah, se as paredes da UTI Neonatal do Hospital Bom Jesus falassem, sem dúvida, contariam histórias de luta, se superação, de dolorosas perdas, mas também de vida. A Unidade está de ‘cara nova’. O espaço passou por um processo de melhorias internas. O trabalho foi viabilizado pelo Projeto Pequeno Amor, iniciou ainda em 2022 e foi realizado sem interferir nos atendimentos dos pequenos. O investimento totalizou R$ 141.621,00.

Segundo a coordenadora do Projeto Pequeno Amor, Franciele Felin, a ideia era ter iniciado as melhorias no ano de 2020, porém, devido a pandemia, foi preciso aguardar por um momento mais tranquilo e seguro. Ela explica que as melhorias envolveram troca de móveis, piso, cortinas, ar condicionado, comunicação visual, pintura geral, pintura artística, além das melhorias no espaço de trabalho e no ambiente de atendimento aos bebês.

“Essas melhorais vão além do aspecto visual. As mudanças refletem também na equipe de trabalho, nos familiares e nos bebês, pois resultaram em um ambiente mais acolhedor, mais tranquilo, que transmite aconchego num momento tão difícil. É uma conquista do Projeto, da UTI Neonatal, do Hospital e, não menos importante, de todas as pessoas que sempre acreditaram no nosso propósito e nos ajudaram (comprando nossos produtos, divulgando nossas ações, nos dando apoio quando precisávamos, nas parcerias firmadas), ou seja, todos são responsáveis por essa conquista”, declara a coordenadora.

Franciele pontua que a conclusão da reforma marca os cinco anos do Projeto. Ela comenta que o feito é uma conquista de todos que passaram pelo projeto durante este tempo ao mencionar os trabalhos da gestão anterior – com coordenação da Claudia Justos – da atual gestão e de todos os voluntários.

“Os fornecedores envolvidos nas melhorias tiveram um papel fundamental, entendendo o ‘tempo da UTI’, pois nem sempre conseguíamos fazer seguindo nossa programação, pois a prioridade sempre era o bem-estar dos bebês e da equipe. Todos atuaram de uma forma especial, doando amor ao que estavam fazendo. Contamos também com muitas parcerias que viabilizaram toda esta conquista”.

LOCAL TRANSFORMADO –  A empresária Karla Funk Szimvelski relata com emoção como foi ver a Unidade renovada. “Ver a NeoNatal reformada é uma sensação incrível. É emocionante ver a transformação e quase inacreditável saber que foi possível realizar esta obra sem interromper o excelente atendimento aos bebês. Eu como mãe de Neo fico muito feliz com o resultado, saber que os bebês e os pais podem ser recebidos em um ambiente aconchegante e acolhedor com certeza faz a diferença na confiabilidade que o local, equipe e hospital passaram para os pais dos bebês”.

As paredes ganharam pintura artística para deixar o ambiente mais acolhedor – Foto: Rodrigo Cassimiro

Segundo Karla, cada ação do Projeto consegue gerar impacto na Unidade. “Acredito também que a equipe de trabalho se sente muito mais feliz com o novo ambiente de trabalho, acarretando por consequência em um atendimento ainda melhor aos bebês. Parabéns ao projeto Pequeno Amor e a todos os envolvidos pelo excelente trabalho”.

O ‘PEQUENO/GRANDE’ PROJETO – É dentro dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp) – entidade mantenedora do Hospital Bom Jesus – que o Projeto Pequeno Amor é ‘gestado’.

Tudo começou em 2017, quando uma mãe – que teve durante um período o bebê prematuro internado na UTI Neonatal – iniciou uma arrecadação de fraldas em prol da UTI. Desde então, ações têm contribuído para melhorar os atendimentos. As atividades foram iniciadas por um pequeno grupo de voluntários, dentre eles alguns pais, mães e outros amigos que já passaram com seus bebês prematuros pela UTI Neo.

“É um ‘divisor de águas’. Temos a UTI Neonatal antes do Projeto e depois do Projeto”, avalia o coordenador da UTI Neonatal, o médico João Pedro Pontes Câmara. Com experiência nos cuidados com os pequenos, ele comenta que nos últimos cincos anos viu a UTI Neo mudar muito com as ações do Projeto. “Tivemos o envolvimento dos voluntários no ponto de vista físico, com a aquisição de equipamentos e esse envolvimento transmitiu um ar diferente. Isso acontece quando tem pessoas envolvidas. Os equipamentos melhoraram, o ambiente ficou mais bonito, mais alegre e mais feliz. Os atores são os bebês e as ações trouxeram esse conforto e melhorias tecnológicas. Os bebês agradecem e nós mais ainda”.

A coordenadora da enfermagem da UTI Neonatal Laura Barbieri Cerón Reis enaltece com carinho as transformações que o Projeto tem realizado. “O Projeto Pequeno Amor tem um lugar muito especial desde a equipe, a estrutura física, como a reforma. Agradecemos o empenho nessas ações tão lindas em prol dos bebês. Formarmos uma família e o Projeto faz parte dessa história”, pontua.

CINCO ANOS DE ATUAÇÃO – De 2017 até o início deste ano, foram muitos feitos. Até o ano de 2021, o projeto conseguiu adquirir para a UTI Neonatal duas incubadoras (sendo uma delas em parceria com a Itaipu Binacional), um CPAP, um Ressuscitador Infantil Babypuff, um oxímetro, além de diversos materiais de uso diário da Unidade. Todas estas aquisições e conquistas somam aproximadamente R$ 300 mil.

Para 2023, as ações continuam firmes e fortes com o propósito de ajudar a UTI Neonatal. No momento, as iniciativas estão voltadas para compra de novos equipamentos e manutenção dos existentes para que possam garantir condições apropriadas para receber os bebês que precisam os cuidados especiais que a Unidade pode oferecer.

Atualmente o projeto conta com 35 voluntários ativos. As arrecadações do Projeto acontecem através de ações de vendas de produtos (doces, agendas, lanches, vinhos), eventos (feijoada), doações espontâneas da comunidade e empresas. Além disso, conseguiu firmar parcerias importantes com farmácias para doação de fraldas, lenços, xampus e pomadas (material de uso diário e muito necessário).

UTI EM NÚMEROS

Área de abrangência: 18 municípios pertencentes a 20º Regional de Saúde;

Número de Leitos: 11;

Equipe de atendimento: 30 profissionais, sendo oito médicos, dois fisioterapeutas, quatro enfermeiros e 16 técnicos de enfermagem.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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