Vacinar o pet é um ato de carinho

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Vacinar é um ato de carinho, de amor e de cuidado. Tão importante ao pet quanto aos membros da família. Muitas doenças que acometem os nossos amiguinhos podem ser transmitidas para os seres humanos; elas são conhecidas como zoonoses.

A vacinação para cão ou gato é um dos cuidados mais importantes que o tutor deve proporcionar aos seus pets. Não é só para manter os amiguinhos de quatro patas saudáveis, como também para garantir o bem-estar do tutor e de sua família. Como nos humanos, a vacinação tem objetivos:

– Proteger o seu pet contra doenças infecciosas. Vaciná-lo irá permitir que ele permaneça saudável;

– Proteger as pessoas contra os agentes circulantes dessas doenças. A vacinação previne o contágio de um animal para o outro ou mesmo para as pessoas.

O médico veterinário Fabiano Brito dos Santos explica que as vacinas são essenciais para prevenir viroses como doenças bacterianas. Exemplos: leptospirose, parospirose, cinomose, entre outras enfermidades.

“A importância da vacina é manter o animalzinho imunizado contra doenças. A primeira vacina em cães pode ser realizada a partir dos 45 dias. O protocolo inicial são quatro doses com espaçamento de 21 dias cada e no último protocolo a gente faz a da raiva”, afirma Fabiano.

OBRIGATORIEDADE – Conforme Santos, a vacina é obrigatória e, principalmente, quando está relacionada a questão de transporte do animal. “A única vacina obrigatória de fato é para prevenir a raiva. Mas dependerá do local que o tutor se deslocará com o pet, pois outros estabelecimentos exigem vacinas. Além de ser uma exigência de fronteira”.

O médico veterinário complementa que o calendário de vacina é definido, normalmente, pela idade do paciente. “Quando o pet é filhotinho, a orientação é iniciar a vacina com 45 dias e o reforço deve acontecer a cada ano”, destaca o profissional.

Ele complementa que existem outras vacinas disponíveis; elas não são obrigatórias, porém elas são consideradas importantes. Santos exemplifica a V10 que é considerada múltipla ou da gripe. “Tem também as giárdias. Alguns médicos veterinários consideram importante, outros não. Eu recomendo, normalmente, a V10, raiva e gripe”.

O médico veterinário esclarece que as vacinas recomendadas dependerão da realidade do tutor e o ambiente em que vive o pet. De maneira geral, existem vacinas essenciais (obrigatórias) e opcionais. O profissional é quem irá definir o melhor protocolo de vacinação para o seu pet, baseado no estilo de vida, localização geográfica e viagens.

Vacinação é, portanto, um ato médico muito importante e uma responsabilidade de saúde pública. Quanto maior o número de animais vacinados, menor a frequência de doenças na população.

Calendário de vacinação

É importante saber quando cada uma das vacinas deve ser administrada. Em geral, o calendário para filhotes segue algumas datas:

– Entre 6 e 8 semanas de vida: primeira dose da vacina polivalente V8 ou V10 com 2 ou 3 reforços, com intervalo entre 21 a 30 dias;

– A partir de 12 semanas: aplicação da vacina antirrábica;

– A partir de 16 semanas: administração das demais vacinas (gripe canina, contra Giardia sp e contra o verme do coração).

A médica veterinária Maria Cecília destaca que o profissional é o responsável por estabelecer o diagnóstico.
Crédito: Arquivo Pessoal
A médica veterinária Maria Cecília destaca que o profissional é o responsável por estabelecer o diagnóstico. Crédito: Arquivo Pessoal

Alergias em pets: a melhor escolha é buscar o auxílio de um profissional

As características do verão exigem atenção redobrada com a saúde dermatológica dos pets. A mudança de estação, geralmente, pode causar piora da coceira e outros sintomas associados a alergias. Embora a coceira possa ser normal para os cães, quando acontece com mais frequência, pode indicar a presença de algum problema mais sério.

De acordo com a médica veterinária Maria Cecília Rorig, as principais alergias nos cães são as de pele, como a dermatite atópica. Maria Cecília explica que a dermatite é o nome dado a um processo inflamatório que envolve a pele de cães e de gatos. “A doença apresenta diferentes causas. Portanto é sempre muito importante consultar o médico veterinário para estabelecer o diagnóstico correto”.

A profissional salienta que dependendo da causa não é possível estabelecer se há uma época do ano em que a ocorrência das dermatites é mais frequente. “Se o pet apresentar pele avermelhada deve-se ficar atento. Além disso, o responsável deve observar se a pele está enegrecida ou se o pet tem coceira”.

Outros sintomas citados pela médica veterinária são o surgimento de crostas, mau-cheiro, falhas na pelagem e/ou queda excessiva de pelos. Além de descamação, vermelhidão nos condutos auditivos, lambedura excessiva das patas, entre outros.

PREVENÇÃO – Maria Cecília enfatiza que diante de qualquer alteração no animal, o responsável deve procurar por atendimento veterinário antes que o quadro se agrave. “Não é indicado em hipótese alguma o uso de medicamentos, produtos tópicos ou até receitas caseiras para tratamento, porque há risco de agravamento do quadro e até intoxicação, podendo chegar ao óbito do animal”.

A médica veterinária lamenta que infelizmente não é incomum a morte de animais intoxicados com produtos inadequados para tratamento e sem acompanhamento veterinário.

“A prevenção depende muito da causa da dermatite. De modo geral ocorre por meio do uso de produtos adequados para banho, frequência correta de banhos de acordo com a raça e a espécie do pet, controle efetivo de ectoparasitas (pulgas e carrapatos), alimentação de boa qualidade e no caso de dermatites crônicas, acompanhamento periódico pelo médico veterinário”, finaliza Maria Cecília.

Da Redação

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