Vendas de motos no Paraná cresce 17,4% no primeiro trimestre e confirma projeção otimista

O mercado de motocicletas no Paraná teve um crescimento significativo no primeiro trimestre de 2024. O volume de emplacamentos aumentou 17,4% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com a Fenabrave, associação que reúne os concessionários. Foram comercializadas 16,2 mil unidades, em comparação com as 13,8 mil unidades vendidas no ano passado entre janeiro e março.

O desempenho neste início de ano já é melhor que a média verificada em 2023. São 5,4 mil exemplares emplacados na média do 1º trimestre, representando um aumento de 12,5% ante os primeiros 90 dias do ano passado. Só em março foram 5,5 mil novas motocicletas nas ruas do Paraná, melhor que qualquer mês de 2023. 

Os números positivos já estão acima das expectativas do setor, que projetava um incremento em torno de 10%. Em alguns casos, o crescimento foi muito superior ao ritmo do mercado. Na concessionária Honda Blokton, por exemplo, as vendas saltaram 28,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

“O crescimento na comercialização de motos zero-quilômetro é reflexo, principalmente, do aumento da produção na montadora”, explica Rudney Doscher, diretor de Operação da Blokton. 

Segundo ele, a confiança é de que a curva positiva continue para os próximos meses. “A fábrica tem sinalizado que terá um aumento no volume de produção. Consequentemente, os nossos números de vendas deverão acompanhar essa alta”.

Média de vendas nacional e produção batem recorde

No Brasil, os licenciamentos de motos também atingiram um patamar acima da expectativa do setor. De janeiro a março, 432,4 mil unidades foram emplacadas, um ganho de 21,1% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com a Abraciclo – associação que agrega os fabricantes em duas rodas -, este foi o maior volume em 13 anos.

A produção no Polo Industrial de Manaus (AM) começou em 2024 em ritmo acelerado, com alta significativa de 10,3%. Foram 438 mil unidades que saíram da linha de montagem de janeiro a março. O resultado representa o melhor desempenho da indústria de duas rodas para o primeiro trimestre desde 2012.

“A tendência é que esse ritmo seja mantido ao longo do ano, pois a procura pela motocicleta como solução de mobilidade ou para o trabalho segue em alta, mantendo o mercado aquecido”, afirma Marcos Bento, presidente da Abraciclo.

Já o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, diz que o crédito ao consumidor começou a dar sinais de melhora e também colabora para o saldo expressivo.

Soma-se ainda os cenários macroeconômicos do Brasil, incluindo expectativas de crescimento do PIB, redução da inflação, queda gradual na inadimplência e aumento da confiança do consumidor. 

Para Rudney Doscher, esses fatores impactam diretamente na oferta de crédito pelos bancos e na redução das taxas de juros, proporcionando mais alternativas de linhas de crédito para os consumidores. 

“A diminuição do desemprego aumenta a renda dos brasileiros e, consequentemente, o número de clientes capazes de adquirir motocicletas por meio de financiamento ou consórcio”, salienta o diretor da Blokton.

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