Vereador cobra abandono das incubadoras industriais em Toledo

O vereador Professor Oseias (PP) criticou o que considera um total “abandono” do projeto das incubadoras industriais em Toledo. Em sua visão é ainda “preocupante” porque faz 1 ano que a lei do Toledo+Negócios foi aprovada e até agora a situação apenas piorou no que se refere às incubadoras. “A sociedade nos cobra e é nosso papel cobrar o gestor’, disse Oseias, reforçando que “algumas estão abandonadas e outras servem para guardar carros”.

Ainda de acordo com Professor Oseias, as incubadoras foram criadas com o objetivo de incentivar a geração de emprego e renda, “em gerar novas empresas, incubar projetos e não para acontecer esse total abandono do projeto”, criticou, ressaltando que a criação do Biopark não deveria interferir no papel do poder público, “até porque o Biopark é outra vertente, tem uma finalidade completamente distinta”, disse ele, lembrando ter cobrado o gestor da pasta, o secretário Diego Bonaldo, ainda em setembro do ano passado.

No ofício encaminhado ao vereador, o secretário respondeu que a Incubadora Industrial José Carlos Grando havia sido cedida À Secretaria de Administração, conforme Decreto nº 182/2021, de 5 de julho do ano passado.

Em relação à Incubadora Industrial Belarmino Estevão de Almeida, dos 3 barracões, 1 havia sido cedido temporariamente ao Patrimônio, enquanto os demais estavam em pleno funcionamento por empresas do ramo têxtil que, juntas, gerariam 30 empregos segundo o documento da Prefeitura de Toledo.

“No que tange aos projetos de gestão das incubadoras e uso dos locais, a resposta era para esperar a aprovação da lei sobre o Toledo+Negócios, só que um ano se passou e até agora nada”, aponta Professor Oseias, citando ter protocolado um novo documento pedindo explicações, “mas já pontuando sobre a finalidade que foram construídos os barracões, quais recursos e se não terá desvio de finalidade”.

O secretário Diego Bonaldo respondeu que hoje existem apenas 2 incubadoras em Toledo, no Biopark e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. As demais estruturas, de acordo com ele, seriam barracões nomeados como incubadoras. “Tais imóveis não poderia ser considerados incubadoras, visto que divergem do termo, que seria um ambiente propício para apoiar a vinda de uma ideia ou de um protótipo que está minimamente arquitetado, ou ainda uma organização que tenha como principal objetivo auxiliar os empreendimentos em fases iniciais, oferecendo suporte gerencial e técnico para que se desenvolvam e prosperem no mercado”.

Também de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, o município não tem estrutura para a instalação de uma incubadora, “visto que nestes espaços são oferecidos acompanhamentos e orientações de consultores ligados a várias vertentes que qualquer negócio necessita”. Na opinião do secretário, a Prefeitura de Toledo deve criar um ambiente de negócios desburocratizado, “com a redução do peso público sobre as empresas e ágil” o que, no pensamento de Diego Bonaldo, seria suficiente para a implementação de projetos de inovação, “com a digitalização dos processos e serviços”.

TOLEDO+NEGÓCIOS – O secretário comentou ainda sobre a questão da lei Toledo+Negócios, citada pelo vereador Oseias Soares. De acordo com Bonaldo, a lei tem a possibilidade de incentivar investimentos na cidade, com incentivos econômicos e fiscais e que, entre as ações já realizadas está o fornecimento de pedra brita a 17 empresas ao longo deste ano, além de incentivos fiscais a 3 outras empresas e a concorrência para venda de lotes urbanos em parques industriais, numa área aproximada de 220 mil metros quadrados.

“A atual gestão está focada no desenvolvimento de soluções para melhoria do ambiente de negócios em Toledo. Atuando na desburocratização dos serviços, institucionalização de um ambiente inovador com a digitalização de processos e serviços na busca de ampliação da eficiência e o incentivo a novas oportunidades de investimento”.

Perguntado sobre qual motivo para na Vila Pioneiro existirem duas empresas funcionando e no restante não haver empresas incubadas nestes espaços existentes, o secretário Diego Bonaldo respondeu apenas que estas empresas “atuam no ramo de confecção e está atualmente com cerca de 40 funcionários”.

Somente estas duas unidades estão funcionando. As demais, localizadas no Jardim São Franciso e no Jardim Bela Vista estão abandonadas e servindo apenas como depósito.

Da Redação

TOLEDO

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